Filosofia Poética

Voltado para ideias filosóficas e poesias

  • Antes do Castigo

    Padre, me escute que o caso é sério
    Eu pequei e não sei o que será de mim
    Antes que chegue ao acaso meu fim
    Confessarei esse meu mal deletério

    Independetemente do critério
    Que o Senhor usar, farei mesmo assim
    Penitência que estarei em convir, sim
    Pois contra Deus foi feroz impropério

    Matei um homem pois este me irritou
    Ele troçava de minha razão
    Então desferi-lhe golpe fatal

    Minha alma ao próximo nunca amou
    Padre, preciso da tua bênção
    Hoje eu entrego minha carne mortal

  • Insônia

    O sono vem e vai
    Nunca chega pra ficar
    É tormento que não sai
    É de se angustiar

    Fico a noite pensando
    Quando chegará o sono
    Para eu ficar sonhando
    Curtir o meu melhor sonho

    Vamos, quero dormir
    Não me deixes acordado
    Quero ficar sossegado
    Já não vou desistir

    A Insônia é perversa
    Vem a noite me afligir
    Vem cheia de conversa
    Só pra me fazer sorrir

    E assim fico vigilante
    No breu da minha mente
    Mesmo o sono grande
    A insônia não sai da frente

  • Erro Meu

    Se eu errei
    Quando quis te esquecer
    Se eu pensei
    Que era possível crer
    Num amor, me enganei
    Já me cansei
    De tanto me perder
    Já me livrei
    De por ti sofrer
    Eu já sei
    Que não dá pra viver
    Contigo, eu direi,
    É melhor morrer

  • Minhas Contas

    Perdi quase tudo que tenho
    Hoje só me resta a esperança
    Todas as virtudes que empenho
    E a sina que Comigo dança

    Mas continuo a procurar
    Algum sentido factual
    Para eu poder acompanhar
    Tal folia de carnaval

    E a minha vida vai seguindo
    Desse jeito, meio escondido
    E Com todos do Inferno rindo
    Só com Deus estou protegido

    Se há alguma coisa a dizer
    Para vocês sobre moral
    Vocês terão que sempre ser
    Bondosos até o final

  • Christus est Rex

    Quando eu olho para a cruz
    Jesus Cristo é meu Mestre
    A via certa Ele me conduz
    Todo mal que há Ele cesse

    E a cruz mostra a verdade
    A verdade é Ele, o verbo encarnado
    E mesmo que se deprave a realidade
    Jesus Cristo é Deus dignado

    Sem a Cruz não há misericórdia
    Jesus nos deu a salvação
    E de forma antológica
    Deu-nos a Sua eterna paixão

  • Totus Tuu

    Mãezinha do Céu
    Rogai por mim
    Não me deixeis ser réu
    Do pecado e do meu fim

    Nossa Senhora
    Estendei vossa mão
    Não me esqueceis agora
    Dai-me tua benção

    Quero ser
    Vosso servo indigno
    E não perder
    Vosso amor benigno

  • Alegria Versificada

    Vou cantando
    Expressando meu viver
    Sem quem diga
    Você deve sofrer

    Só o destino
    Poderia fazer
    Com que mudasse
    Todo o meu ser

    E mesmo assim
    Não me importo em morrer
    Se morremos iguais
    Doa a quem doer

    E continuo a cantar
    Sem me ater
    As banalidades do mundo
    É tudo pra esquecer

  • Amor Sincero

    Amar sem alguma medida
    Viver no olhar penetrante
    Daquela alma enriquecida
    Do Amor da minha amante

    Mas a amada é galardão
    Dos meus amores sinceros
    Viver sem ela então
    São amores vãos, meros

    Portanto vivo a amando
    Como sem fim na vida
    Meu amor vai andando
    Sem rumo, sem via

    E quando chegar a hora
    Poder dizer que foi excepcional
    Agora partindo, indo embora
    Amei-te por sincero, sem nenhum mal

  • A Verdade Sobre a Poesia

    Pra que serve a poesia?
    Não serve pra nada
    Se serve de cortesia
    À mente tapada
    Se contempla a via
    Da prosa louvada
    Se está na maestria
    Da rima usada
    Se cura alma vazia
    Da dor pesada
    Se ilumina a vida
    Da escolha sagrada
    A verdade fria
    É que a poesia
    Sem toda essa valia
    Jamais serviria
    Para nada
    Estaria velada
    Sem ser o que seria
    Para o filósofo, honrada
    Para o poeta, divinizada

  • A Dama Ignóbil

    Madame abstrusa e pueril
    Teus morbos, vitalmente comoro
    Tal sibilo já nem comemoro
    Dos teus atos cênicos eu rio

    Se a cena está por um fio
    Pra madame revés eu imploro
    Caluda-te que a ti ignoro
    E com satisfação, digo xiu

    Tenta ser Hepátia curupira
    E com certeza até consegue
    Só te carece a episteme

    Mesmo de quem pouco te sugira
    Que tua razão seja entregue
    É melhor saires pela tangente